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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Corinthians e Ronaldo, nem tudo a ver

Bom minha preferência sempre foi assuntos polêmicos e essa semana que passou mostrou um importante, Ronaldo vs torcida e como desfecho a aposentadoria.

Quando falo em vs não era para ter um embate real, como os sem cérebro da Rua São Jorge (uma facção ainda pior que a Gaviões) fizeram contra os jogadores, mas sim do apelo em todos os lugares pelo basta de Ronaldo como jogador, ao menos no Corinthians.

Se aposentou no mínimo com um ano de atraso, mas isso não afeta nada a imagem que ficará desse craque, mas ele fez meia diferença pelo Corinthians na minha opinião.

Quando ao final do primeiro semestre de 2009, sairam Douglas, André Santos e Cristian, o que na época foi chamado desmanche, o Corinthians se enfraqueceu e nem brigou pelo Brasileirão daquele ano. Além de comprometer a Libertadores de 2010, claro que pesou também a desastrosa partida contra o Flamengo no Rio, essa liderada por Ronaldo.

Em todos os jogos ele pode ter um lampejo, mas ele não corria 10 metros, seu físico piorava a cada dia e prejudicou mais do que ajudou no balanço de 2 anos.

Neste último Corinthians e Santos, mais uma vez vencido pelo Corinthians, algo do time de 2009 apareceu. O Ralf jogou como Cristian, o Fábio Santos como André Santos, o Morais como Douglas (inclusive errando muitos passes igual a ele) e o Liedson jogou como Liedson e fez um gol de Ronaldo, pois o Ronaldo em nenhum dia aqui correu como tal e foi isso que deu certo, não um gênio em disponibilidade e sim um bom atacante em campo.

Só que ele é o Ronaldo, seu lampejos vão para o estoque, mais pelo ídolo que é e tudo que já fez do que por qualquer coisa extra (um passe ou um gol), e a cada um era ainda mais idolatrado. É como aplicar dinheiro em uma poupança, qualquer um vai achar um absurdo, taxa baixa etc, mas para quem tem R$ 500 milhões aplicado dá quase 5 milhões mês, ter crédito pesou e muito (essa é a fortuna estimada dele).

Ele trouxe projeção de mídia em um nível nunca antes visto e era remunerado por isso. Mas muitos agiam como nós devessemos agradescer a ele por vestir a nossa camisa, mas não somos patrocinadores, somos um time não ganhamos campeonato qundo ele faz um comercial "ganhamos" que some na mão dos inumeros empresários amigos do Sanches ssim como o Kia.

Na "era" Ronaldo ganhamos um paulista (já tinhamos 25) e uma copa do Brasil (a nossa primeira nesse formato sem os times da Libertadores, ou melhor, mais fácil), ganhamos muito pouco para uma folha salarial tão alta, por nos gabarmos de ter um grande time e elenco, mas só tivemos Ronaldo, para mim é pouco, porque não torço para nenhum jogador, torço para o Corinthians, assim como não torço para nenhuma torcida.

E nós que nos orgulhamos de ser corinthianos, maloqueiros e sofredores, estamos perdendo a identidade, a frase "não torço por vitórias, torço para o Corinthians" está sendo banalizada por Ronaldo e diretoria, ela está muito vaga, pois o Corinthians é raça, é paixão e não fazer média ou virar "business" como diria o Mário Gobbi. E nesses últimos tempos o Corinthans foi menos Corinthians.

Em resumo, se o Pelé colocar a camisa do Corinthians, será o maior jogador que já vestiu nossa camisa, mas nem por isso vai ser o que melhor jogou aqui, assim como o Ronaldo não foi. Foi melhor que o Marcelinho? Que o Tevez? Ou Rivelino, o Ronaldo goleiro, o Neto? Claro que não, eles viveram seus grandes dias no Corinthians, não foi o caso do Fofômeno.

Obrigado pelos dias de futebol que nos mostrou em toda sua carreira Ronaldo e foi sim emocionante lhe ver jogando em 2009, pena que um dia tudo acaba.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

100 anos de Corinthians

É claro que como bom corinthiano é obrigatório escrever uma homenagem ao centenário.

Desses 100 anos estou em 31, vivi e vi muita coisa, pesquisei outras e algo estranho eu percebi, o corinthiano sente igual. E isso é o que nos faz o que somos.

Quando o corinthians perde a mistura da dor e amor é enorme, o sentimento de fidelidade é muito maior que o de frustração ou de tristeza e isso nos faz diferentes. Quando o time joga mal, nós das arquibancadas torcemos com mais força, quando o time joga com garra nos satisfaz, quando com classe, depende do resultado, uma vitória sem emoção não serve, tem que ser esmagadora ou sofrida, tem que mexer com todas as emoções, isso é Corinthians.

Nós esperamos até o fim, sempre acreditamos, não podemos desistir até que o juiz apite, se apitou e foi com raça, com lealdade ao manto alvi-negro, nós aplaudimos, se foi por qualquer outro motivo nós reclamamos e vaiamos, mas no próximo jogo estamos lá de novo, como se não houvesse nada diferente.

Alguns exemplos que trago neste tempo que mostram o que esperamos, são os momentos marcantes que vivi, ou pela na TV ou, a maior parte, no estádio:
- Gol do Ricardinho contra o Santos na semifinal do Paulista de 2001, uma ótima jogada do Gil, corta luz do Marcelinho e Gol do Ricardinho aos 48 min do 2o tempo, no último chute, quem acreditaria? Só um corinthiano.
- Derrota de 2 x 0 para o Palmeiras na primeira partida das quartas de final de 1999, o melhor jogo que vi o Corinthians fazer no estádio...mas a bola não entrava... Aplaudimos muito e no jogo seguinte vencemos e foi para os penaltis, o resto todos sabem o que aconteceu.
- Vitória de 2 x 1 de virada contra o Santos no Brasileiro de 1993, perdíamos de 1 x 0 até o nosso goleiro Ronaldo ser expulso, como as 3 alterações havíam sido feitas, colocou-se o Elias, lateral esquerdo horrível, no gol e inexplicavelmente viramos o jogo.
- Vitória de 7 x 1 no Santos no Pacaembu, o melhor placar que presenciei no estádio, e lembrando que virou 1 x 1, o time massacrou o adversário sem nenhuma dó, isso também gostamos!
- Gol de pênalti do Rincón contra a Portuguesa no Paulista de 1998, não importa se foi ou não, era o estádio todo de joelhos para garantir a classificação e assim foi feito!!!
- No mesmo Morumbi, no Brasileiro de 1999, Dida versus Rai, dois pênaltis defendidos e um 3 x 2 para liquidar os Bambis.
- Recentemente um gol nos acréscimos, no Paulistão de 2009, do Cristian no São Paulo, que saiu comemorando com gestos de congratulações para os Bambis.
- Contra os Porcos a melhor imagem, nem preciso falar do jogo...



















Para terminar um texto que recebi que descreve bem o corinthiano, por Carlos Cereto:

"Doce mistério da vida esse Corinthians. Inexplicável Corinthians.”

A frase é de Osmar Santos, um dos maiores narradores de todos os tempos, na descrição do gol de Basílio contra a Ponte Preta em 77, gol que encerrou um jejum de 23 anos sem títulos, um dos capítulos mais importantes da história centenária do Sport Club Corinthians Paulista.

Uma paixão que não se explica em palavras. Não se define por resultados ou padrão de beleza. Não depende de vitórias, conquistas ou rótulos.

Para o corintiano basta que o Corinthians exista, aliás, corintiano que é corintiano não gosta de futebol, gosta mesmo é do Corinthians. Um clube que nasceu pra ser diferente; amado ou odiado, mas falado, por amigos e inimigos.

Iluminado sob a luz do Lampião, o Corinthians é luz que não se apaga, é fogo que queima na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, um casamento perfeito entre a paixão e o sofrimento. Doce sofrimento. Sofrer é o verbo favorito do corintiano, um bando de loucos, uma nação narcisista que gosta de se ver no espelho das arquibancadas.

É sentimento que não para, não para, não para nunca pra quem é Fiel, pra quem não abandona. E o Corinthians jamais será abandonado porque o Corinthians não é um clube, não é um time, o Corinthians é uma paixão, mais do que isso é uma religião.

Com todo respeito aos que não comungam da fé alvinegra, bege, roxa, preto, branco, sem preconceitos, o momento é de reverenciar o povo, a democracia.

Salve o Corinthians!"