segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Brasil e os jogos Olimpicos



Muito dinheiro público (R$ 2 bi) entre as últimas olimpíadas e a atual e nenhuma grande mudança, mostrando como o COB é um ótimo cabide de empregos, comandado pelo Carlos Nuzman, um Rolando Lero de mão cheia.

Alguns dirão que deveria se investir em outras áreas mais prioritárias e coisas do gênero, mas se roubassem um pouco menos, todas as áreas teriam verba e esses R$ 2 bi estariam em uma área importante, mas longe de ser do jeito certo.

Qual programa público de incentivo ao esporte? Para que deveria servir o esporte?
Sem ter boas respostas para essas perguntas, não tem trabalho que funcione.



Hoje o governo destina verba para atletas potenciais, disputarem competições de bom nível fora do país, ou seja, a formação do atleta que se dane. Logo, se o dinheiro está sendo usado assim, o esporte só serve para ganhar medalhas nas Olimpíadas, péssima atitude, que como consequência faz com que ganhemos de esportes tradicionais, como Vela, Vôlei, Judo e um ou outro excepcional que surgir, nada de resultado de um trabalho.
A criação de centros de modalidades é o que mais excludente pode acontecer, limitando o horizonte de uma modalidade de poucos selecionados, sabe-se lá com que critério. A judoca Sarah Menezes que o diga, não abriu mão de treinar em Teresina/PI e ainda montou uma academia para treinar outras crianças,  medalha de Ouro graças a qualidade e dedicação dela e sua equipe, ninguém mais tem mérito nisso.



O esporte tem e sempre teve um caráter de integração e desenvolvimento pessoal, tira um pouco da ociosidade nociva e faz com que crianças e jovens tenham uma boa saúde e atividades de lazer.
Para formar atletas, nada mais que alguns desses jovens se desenvolverem mais e assim podendo pular a treinamentos específicos visando, a partir daí, um maior objetivo, esporte como profissão, até lá é só lazer.

Quer ir bem nas olimpíadas? Precisa ter bons competidores em Atletismo e Natação, que dão o maior número de medalhas no total e envolvem muito mais pessoas e uma estrutura muito mais simples, muitos usufruem do mesmo local.

A escolas públicas precisam de acesso a locais para treino, um corredor só precisa de tênis e uma pista, onde tem pista para treinar??? O ideal é que semanalmente as aulas de educação física sejam em um local como Ibirapuera em SP ou no Engenhão no Rio, lógico que precisa de uma pista por bairro, mas quer fazer direito é assim. Não precisa ser pista oficial, nada disso, precisa ser um local onde se possa praticar direito o esporte, caso contrário, só vai ter futebol e queimada...


Natação é pior ainda, onde se pode treinar??? O mesmo Ibirapuera tem uma boa piscina, mas como disseminar isso? Ai acho que entrariam as PPPs e desses R$ 2 bi gastos nesses últimos 4 anos, um pouco iriam para empresas privadas administrarem escolas de natação. Além disso nadar é importante, não só como exercício, como para respiração e não se afogar em caso de cair na água, acreditem, muitos caem e muitos morrem...

Nas faculdades, muitas tem estrutura, o governo pode patrocinar atletas de maior desempenho para que treinem nelas, pois assim mais jovens serão beneficiados. Uma competição universitária nacional, não por classes e sem "contratados" pode com o tempo, subir o nível das competições e dos competidores.
Essa fórmula é a utilizada nos EUA, uma renovação automática de talentos, pela estrutura bem montada, vale lembrar que Cuba tem a mesma preocupação de formação (educação) de seus jovens e daí vem bons atletas, mesmo sem muito investimento (quase nenhum suporte).

Ou seja, hoje não tem nada sendo feito e o governo vem cobrar resultado de atletas que se viraram para estar lá e que não tiveram preparo adequado.
O pior vão jogar a culpa no psicológico do brasileiro... Vai catar coquinho Nuzman...

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