segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Os esportes olímpicos e suas "castas" no Brasil

Estive pensando nos resultados dessas olimpíadas, das modalidades que fizeram um bom trabalho neste último ciclo, como: Judô, Boxe, Handebol Feminino e Vôlei (esse novamente) e sobre como eles são no dia a dia... nas pessoas que vão aos jogos com esperanças individuais dada sua capacidade diferenciada, como: Robert Scheidt e Bruno Prada, Cielo, Rodrigo Pessoa, Fabiana Murer, Maurren Maggi e poucos outros exemplos, sobre os quais a culpa da nossa incompetência olímpica cai com todo o peso e toda a raiva, como se fossem os culpados por nossas frustrações.



A ESPN Brasil tem levado pessoas dos bastidores dos esportes e mostra como atleta se forma. Em geral porque gosta muito de um esporte, por uma melhor condição de vida e vai-se atrás de um sonho. Mas é muito claro que se dependessem de uma federação ou de um projeto público, já tinham desistido... e é aqui vem meu pensamento de como se pratica esporte por sonho ou por acesso, tipicamente ele é segmentado por classes sociais, quase como castas...


Esportes de rico seriam: a Vela, o Hipismo (esse em qualquer lugar), o Polo Aquático, o Polo, a Esgrima, o Tiro, Tiro ao Arco, Golfe (nas próximas olimpíadas teremos) e alguns mais, e por que? Principalmente pois só quem tem dinheiro pode se dar ao luxo de se dedicar a algo com tão pouco apoio e visibilidade e que não existem locais acessíveis para a prática.



Classe média pratica Basquete, Vôlei, Natação, Tênis (ricos também), Vôlei de Praia, Tae Kwon Do, Judô, Tênis de Mesa, Handebol, Triatlo, Ginastica Artística e Rítmica, Ciclismo, Remo, Canoagem e outros, mais acessíveis, embora pagos, mas que são encontrados facilmente em academias, nas faculdades (o que, neste caso, quer dizer que começarão já tarde) e alguns nas escolas.



Classe baixa, muitos com programas sociais, como: Boxe (esse fez um grande trabalho em 2000, trazendo os primeiros resultados agora, mas não houve continuidade, depois dessa leva estamos com mais uma lacuna), Atletismo (principalmente fundistas, um ou outro saltador surge), Futebol (acessível as outras classes, mas com predomínio da baixa).

Existem esportes que faltam pessoas que gostem de fazer e assistir, os de Rico em geral são cansativos para a maioria, assistir 18 buracos de golfe não é para qualquer um, mas tem ainda Levantamento de Peso e Badminton que se destacam nos que não conheço que goste.

Dentro do que já havia dito no post anterior, como não há uma política verdadeira no esporte, é um atleta se destacar e o presidente da federação fica feliz da vida que vai encher os bolsos, vide o Ary Graça, do vôlei, que não faz nada de novo a tempo e espera que os atletas mantenham a mamata que é administrar o fruto da geração de prata.

Agora com Ginástica e Judô com ouros as academias vão fazer a festa!!! Mas e os atletas???


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