sexta-feira, 21 de junho de 2013

Multi Mídias, como nos comunicamos???

O homem sempre teve a necessidade de se comunicar com tudo e com todos, como diria o Chacrinha, quem não se comunica, se estrumbica...

Mas qual é a comunicação mais eficiente??? Não existe, depende da situação, da pessoa, da informação etc, hoje vemos muitas opções, que foram surgindo conforme a demanda.

Inicialmente a comunicação era um sinal visual, uma fumaça, uma luz, que indicava um aviso ou alerta, mas não continha mais informação que isso, como tochas, fogueiras, acender ou apagar, pode indicar coisas distintas, sempre vemos em filmes que se combina uma ação ao apagar da luz, ou assim que acender etc, pois é um sinal que permite o inicio, sem precisar de sons.

Depois avançamos para transmitir conteúdo e contextos como os faróis de navegação, o código morse, que gera o telegrama e cada vez nos comunicamos mais longe, depois o telefone e passamos a dispor de muitas ferramentas para falar com alguém.

Mas faltavam ferramentas para falar com muitos, passar mensagens, como o farol, surgem os meios de comunicação em massa, que ou se replica muitas vezes a mesma informação, como a mídia impressa, ou se distribui a muitos em uma única vez, como o rádio.

Com essas novas mídias porém, podíamos passar nossa versão de qualquer fato ou história como verdade e caberia ao ouvinte decidir sobre a credibilidade desta, o que passa a acontecer quando diversas mídias em diversos formatos tratam dos mesmos assuntos, é como uma vigilância mútua que inibe a mentira, não a evita.

Depois do rádio com sua informação, vem o entretenimento e surgem rádio novelas, transmissões esportivas, além das músicas é claro, que compõem o conteúdo básico de uma rádio e esse mesmo formato ganho imagem e posteriormente cores na TV, formando o que ainda hoje é o grande veículo para se comunicar em massa.

Porém na chegada da internet, uma combinação de conceitos faz com que dois modelos de comunicação se combinem, a comunicação individual e em massa, onde posso colocar meu conteúdo à disposição de todos e ainda direcionar esse mesmo conteúdo à pessoas específicas, além de que essas ou quaisquer outros podem interagir com meu conteúdo.

Essas manifestações que estamos vivendo no Brasil é um grande aviso à TV de que ela está se tornando o rádio de outrora.
Quando dos "Caras-Pintadas" no início da década de 90, que orquestrou o impeachment do Collor foi a TV, mais especificamente a Globo, a mesma que influenciou diretamente para que este fosse eleito, imaginava-se até agora que sem uma grande emissora comprar uma ideia, nada mudaria, mas isso está mudando...
O manifesto iniciou-se virtualmente e se tornou real, apesar da pequena repercussão na TV, depois a TV descredenciou o movimento tratando-os como baderneiros sem causa, vide declaração do Arnaldo Jabor.


Depois começou a tomar um tamanho, que todos começaram a se mobilizar e independia do que se passava na TV como o Datena, que queria direcionar a opinião de uma pesquisa dele, mas já estava incontrolável, a opinião era formada por todo conteúdo que circula em todas as mídias ao mesmo tempo, com a internet, não existe esse filtro, hoje qualquer um opina, inclusive eu...


E esse novo meio de comunicação é tão forte que a Luana Piovani teve que sair do Twitter após dizer algo que desagradou seus seguidores, jogadores de futebol, políticos e outros mais, quando erram online, tem que se retratar em tudo quanto é mídia, pois ganha uma proporção muito grande, o próprio Jabor afirma "amigos eu errei", quanto à crítica feita à manifestação.




Hoje é assim, imprevisível e avassalador, pode-se compartilhar curtir, dar RT, sair para as ruas, mudar o mundo, hoje a comunicação é multi-mídia e multi-pessoal, é de e para todos, do jeito que quem está quiser...

Hoje o poder é desse grandes portais, um controle ou direcionamento deles, impactaria em qualquer sociedade no mundo, vide Egito, Turquia etc e mais recente o Brasil.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ambiente estressante, histeria e depressão

Um dos poucos livros estilo auto-ajuda que gostei foi o conhecido "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes", de  Stephen R. Covey, nele existe a proposta de se estabelecer quatro quadrantes onde deveríamos posicionar nossas atividades e que nos ajudaria a definir as prioridades.


Pena que isso em geral se resume somente ao livro, a quantidade de demandas nas corporações por ações sem importância, as ações baseadas no vai que..., ou de uma mente ociosa se multiplicam e permeiam todas as áreas, é importante, cada vez mais, a formação de bons gestores para que se filtrem demandas pró forma, o chefe mandou, sempre fizemos etc, em um mundo cada vez mais complexo e confuso, simplificar é vital, pois o não simplificar é ampliar as inúmeras de muito esforço e pouco resultado, ou seja pouco trabalho, pois pela física trabalho nada mais é que força x deslocamento, se não saímos do lugar, por mais que se esforce, o trabalho é inutilizado.

Algumas consequências deste cenário são sintomas cada vez mais presentes no mundo corporativo: estresse, histeria e depressão.

Uma deus (com d minúsculo intencional) para as organizações da década de 90 início dos anos 2000 foi o workaholic, símbolo de dedicação e referência para os demais funcionários, mas o profissional que trabalha muito, ou seja, que trás muito resultado, não é só porquê fica por muitas horas na labuta, mas sim porquê desenvolve competências que permite ter um trabalho de alto nível sempre, um profissional que se recicla e que faz a diferença, o trabalhar por muito tempo é pelo prazer que este trás a ele e não que o muito insistir, sem fazer por onde, trás o resultado.
Hoje o workaholic possui ferramentas que permitem misturar a vida pessoal e profissional e por mais que por vezes atrapalhe a vida pessoal, em outras permite que este a tenha, sabendo usar as ferramentas disponíveis sempre vale a pena.
Esse profissional faz o que é importante e está tão comprometido com isso que não tem tempo para assuntos menos relevantes. Tem que fazer sentido para encaixar em sua agenda já repleta.

Existem os profissionais de muita atitude e presença política na corporação, pode eventualmente entretanto atuar com histeria, pois existem muitas demandas para atender, com prazos cada vez mais exíguos e fazendo com que estes e suas equipes vivam em um furação, o mundo sempre girando em torno desses e a corrida contra o tempo, o tempo todo, é estressante demais e pode provocar um desgaste muito intenso nas equipes e muitas vezes degrada a saúde destes profissionais, pois o engajamento é muito forte com as causas da empresa, mas o filtro para que só o que trará benefícios seja feito, não é muito utilizado.
Esse personagem me lembra o coelho da Alice, que está sempre atrasado e talvez não saiba nem porque. Se debruçam sobre assuntos com ou sempre importância com a mesma dedicação.


Em um ambiente cada vez mais estressante e muitas vezes histéricos, o sentimento de sofrimento, de desilusão e outras reações degradantes trazem uma figura preocupante ao cotidiano profissional, que influi muito a pessoa como um todo, que é a depressão. A sensibilidade neste ambiente tenso fica aflorada e não é questão de ser forte, fraco, tendência ou frescura, trata-se de uma sequência de experiências, de dúvidas, de decepções, incertezas ou qualquer insegurança para que deixemos de tratar o profissional para se tornar só o ser afetado. A depressão é um assunto muito sério e ainda um mito, muitos acham frescura, mas todos estão sujeitos a isso.

Precisamos nos preocupar mais em ser e fazer do que falar e querer demonstrar. Resultados bons dependem dos objetivos traçados e nossas ações e alta eficiência não implica em tensão humilhação, gritos, choros, nada disso, depende de dedicação e direcionamento, temos que parar de perder tempo com o que não tem importância, devemos investir esse tempo em qualidade nos serviços prestados, no produto entregue, na informação enviada e que avancemos, intenção sem ação é mera ilusão...

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Esquerda, Direita, Direita, Esquerda, volver

Pensar na estrutura política e partidária no Brasil nos faz ver algumas ondas e movimentos interessantes desde a época dos "coronéis", vale aqui a política café com leite até os coronéis do Maranhão e Alagoas, respectivamente Sarney e Collor.

No princípio eram Arena e MDB, neste cenário ambos defendem os interesses dos poderosos, o Arena, de extrema direita, defendendo o sistema estabelecido e o MDB, centro-direita, o empresariado, estes com o apoio popular, mas sem uma política ou demonstração de preocupação com o proletariado.

E depois de tantos anos de ditadura é engraçado ver que a primeira eleição foi vencida por um cara bonitão, um coronel, ou seja, não adiantou nada, quando conseguiu-se as famosas diretas, a mídia levou o candidato com discurso de direita renovada, com práticas de centro direita, como a abertura da economia, a vitória.
A mesma empresa de mídia, a Globo, que ganhou importância no período da ditadura, antes não era forte assim.

Mas em 1990 ainda era tudo muito novo e é compreensível que o cenário ainda fosse obscuro enquanto aos partidos e suas posições na época, mas com a saída do Collor e a entrada do Itamar, tivemos no FHC uma figura que com uma medida econômica eficiente, um apelo de empresariado e proletariado, com uma postura de centro esquerda e o surgimento dessa interação com a população brasileira.

Foi a partir da eleição do FHC que a esquerda começa a tomar mais força, pois o povo agora se vê como parte do jogo e no próprio governo FHC surge uma ferramenta de manobra perigosa, os "bolsas da vida", pois o bolsa família que existe hoje, foi criado para integrar e unificar ao Fome Zero os programas implantados no Governo FHC: o "Bolsa Escola", o "Auxílio Gás", o Bolsa Alimentação e o Cartão Alimentação. Ou seja, hoje pode-se controlar boa parte dos populares e seus votos, sendo que uma infindável promessa de novos benefícios é base para ser eleito ou não hoje, mais do que a melhoria do país.

Neste novo cenário o PT assume como um partido de esquerda e coloca Henrique Meireles, parte importante da política econômica vigente até então, para cuidar dessa área crítica e mantém o status quo, diferente do que poderia se imaginar, e começa a explorar a imagem do Sindicalista que ascendeu ao poder, o Lula, que cria uma espécie de mito para boa parte do povo brasileiro.

Mas sabiamente, o PT não se manteve na esquerda, agora no poder, está ao lado do empresariado, vide a próxima relação com os bancos privados e até Eike Batista e Dilma constantemente em diálogo, o que fez o partido de centro direita, igual ao PMDB, seu grande aliado neste período de 11 anos, ou seja o PMDB deixou de apoiar um partido de centro esquerda, para apoiar um de ideologia igual, por mais que tenha o discurso diferente.
Pois hoje não mais é necessário que se tenha um governo popular, basta, enquanto o Lula viver, precisa-se somente de um discurso populista. E proximidade do empresariado garante a governabilidade do país a perder de vista.

Nisso o PT conseguiu fazer o extremo oposto que a Venezuela e Bolívia, pois além de ter um carismático como líder, eles, o PT, não tomaram o controle do país demonstrando força, vide o mensalão, mas sim, tentando entrar no jogo e ir mudando as regras conforme o tempo passava.

Hoje não temos nem direita de verdade nem esquerda, ao menos estruturado e com força.
O último que tentou pela direita foi o Enéias, com um discurso de soberania nacional extremista e acabou se elegendo para deputado federal, do lado da esquerda a Marina Silva aparece como uma opção, mas seus partidos não têm força e isso mina a exposição destes na mídia, que é o que ganha votos na prática.

Nas próximas eleições veremos uma briga de ninguéns, ou seja, Dilma, que ainda é a sombra do Lula, no PSDB o Aécio (que vai responder pelo mensalão de MG) não tem representatividade fora de Minas, assim como Alckmin e Serra não tinham fora de São Paulo e outros representantes como Marina Silva, tentando trazer algo novo, espero que este cenário melhore, pois essa dança de cadeiras que vemos hoje está muito ruim. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Neymar virou Neymar Jr, que bom!

Quem me conhece sabe que adoro futebol e como amante de futebol admiro os jogadores e times que jogam bem!

Gosto de diversos jogadores que nunca pisaram no Corinthians e não gosto de vários que por aqui são amados...

Marcão, nossa cruz na Libertadores eu acho excelente, gostava do Romário, do Ronaldinho Gaúcho, hoje ele é uma sombra do que foi, gosto do Zé Roberto, do Fred, do Hernanes, do Ganso (ainda) e achava o Robinho um dos futuros caras, que deu n'água, e eu achava que o Neymar is no mesmo caminho, pois acho que o Robinho foi melhor na época que saiu para a Europa, do que o Neymar é hoje, e isso não é uma crítica ao Neymar e sim um elogio àquele Robinho que sumiu no voo de Santos à Madrid.

Mas na apresentação do Neymar, ficou clara a preocupação de chegar low profile, apoiando o Messi, que mostra que entendeu que chegará em um ambiente cheio de craques que se ele quiser ter chance, vai ter que dar alguns passos para trás.
O Neymar ainda cai demais, não recompõem na marcação e segura muito a bola, por mais que tenha uma habilidade absurda, essas questões ele pode e deve evoluir em um time em que o melhor do mundo, o Messi, vive dando combate e roubando a bola, aprender um futebol mais coletivo e cooperativo vai abrilhantar ainda mais a qualidade técnica do Neymar, deixará de ser o centro das atenções para ser o líder do time, pois vai aprender muito, em um time excelente em que vai se destacar com certeza, vai tomar bronca por não recompor, não passar e acho que vai se tornar um novo Ronaldinho Gaúcho, mais pela esquerda, fechando, enquanto o Messi continuará dono daquele meio do campo, junto com Xavi e Iniesta.

Acho que o Barça acertou e o Neymar mais ainda ao se tornar Jr, descendo um pouco do patamar que conquistou na mídia brasileira, para poder subir mais firmemente degraus mais altos, boa sorte!