quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ambiente estressante, histeria e depressão

Um dos poucos livros estilo auto-ajuda que gostei foi o conhecido "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes", de  Stephen R. Covey, nele existe a proposta de se estabelecer quatro quadrantes onde deveríamos posicionar nossas atividades e que nos ajudaria a definir as prioridades.


Pena que isso em geral se resume somente ao livro, a quantidade de demandas nas corporações por ações sem importância, as ações baseadas no vai que..., ou de uma mente ociosa se multiplicam e permeiam todas as áreas, é importante, cada vez mais, a formação de bons gestores para que se filtrem demandas pró forma, o chefe mandou, sempre fizemos etc, em um mundo cada vez mais complexo e confuso, simplificar é vital, pois o não simplificar é ampliar as inúmeras de muito esforço e pouco resultado, ou seja pouco trabalho, pois pela física trabalho nada mais é que força x deslocamento, se não saímos do lugar, por mais que se esforce, o trabalho é inutilizado.

Algumas consequências deste cenário são sintomas cada vez mais presentes no mundo corporativo: estresse, histeria e depressão.

Uma deus (com d minúsculo intencional) para as organizações da década de 90 início dos anos 2000 foi o workaholic, símbolo de dedicação e referência para os demais funcionários, mas o profissional que trabalha muito, ou seja, que trás muito resultado, não é só porquê fica por muitas horas na labuta, mas sim porquê desenvolve competências que permite ter um trabalho de alto nível sempre, um profissional que se recicla e que faz a diferença, o trabalhar por muito tempo é pelo prazer que este trás a ele e não que o muito insistir, sem fazer por onde, trás o resultado.
Hoje o workaholic possui ferramentas que permitem misturar a vida pessoal e profissional e por mais que por vezes atrapalhe a vida pessoal, em outras permite que este a tenha, sabendo usar as ferramentas disponíveis sempre vale a pena.
Esse profissional faz o que é importante e está tão comprometido com isso que não tem tempo para assuntos menos relevantes. Tem que fazer sentido para encaixar em sua agenda já repleta.

Existem os profissionais de muita atitude e presença política na corporação, pode eventualmente entretanto atuar com histeria, pois existem muitas demandas para atender, com prazos cada vez mais exíguos e fazendo com que estes e suas equipes vivam em um furação, o mundo sempre girando em torno desses e a corrida contra o tempo, o tempo todo, é estressante demais e pode provocar um desgaste muito intenso nas equipes e muitas vezes degrada a saúde destes profissionais, pois o engajamento é muito forte com as causas da empresa, mas o filtro para que só o que trará benefícios seja feito, não é muito utilizado.
Esse personagem me lembra o coelho da Alice, que está sempre atrasado e talvez não saiba nem porque. Se debruçam sobre assuntos com ou sempre importância com a mesma dedicação.


Em um ambiente cada vez mais estressante e muitas vezes histéricos, o sentimento de sofrimento, de desilusão e outras reações degradantes trazem uma figura preocupante ao cotidiano profissional, que influi muito a pessoa como um todo, que é a depressão. A sensibilidade neste ambiente tenso fica aflorada e não é questão de ser forte, fraco, tendência ou frescura, trata-se de uma sequência de experiências, de dúvidas, de decepções, incertezas ou qualquer insegurança para que deixemos de tratar o profissional para se tornar só o ser afetado. A depressão é um assunto muito sério e ainda um mito, muitos acham frescura, mas todos estão sujeitos a isso.

Precisamos nos preocupar mais em ser e fazer do que falar e querer demonstrar. Resultados bons dependem dos objetivos traçados e nossas ações e alta eficiência não implica em tensão humilhação, gritos, choros, nada disso, depende de dedicação e direcionamento, temos que parar de perder tempo com o que não tem importância, devemos investir esse tempo em qualidade nos serviços prestados, no produto entregue, na informação enviada e que avancemos, intenção sem ação é mera ilusão...

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